(futebol)ismos (5)
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Em 1995 a República da África do Sul organizou e venceu um campeonato do mundo de rugby. Foi talvez a primeira vez que, num país que ainda curava as feridas do apartheid, se festejou em conjunto, de forma multicultural, uma vitória nacional. No estádio de Cape Town, durante o discurso de abertura da competição, Nelson Mandela procurou promover a integração nacional através do desporto. O então presidente deu as boas-vindas a todos em nome de uma “nação arco-íris” que, para ele, seria a nova África do Sul. Por detrás da organização tanto do campeonato do mundo de rugby de 1995, como do de futebol em 2010 reside um interesse político de impulsionar a unificação das inúmeras populações de descendência inglesa, africânder, asiática, xhosa, zulo entre outras. É sempre interessante compreender as contradições que envolvem o desporto, o racismo, a etnicidade e o nacionalismo.
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1 Comments:
Claro que é... desde que a África do Sul ganhe, ou a França, ou o Benfica.
Caso contrário há as revoltas nos suburbios e as porradas em casa.
Tudo acaba bem quando acaba bem. E é mesmo só isso!
Saudades
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