17 May 2009

africa

Namaacha, 2009

04 May 2009

madgermen

madgermen protestam durante o desfile do primeiro de Maio, Maputo, 2009.
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Os ex-trabalhadores moçambicanos na antiga RDA, vulgo madgermen viram os seus contratos rescindidos após a queda do muro de Berlim e posterior unificação da Alemanha. O grupo ficou conhecido pela sua capacidade de mobilização, pela sua persistência e pelo carácter directo e frontal dos seus protestos, contra a recusa do governo moçambicano em pagar os descontos feitos na ex-RDA. As manifestações dos madgermen envolvem, hoje, pouco menos de uma centena de pessoas.

03 May 2009

sunday walk

Maputo, 2009

02 May 2009

Dia do Trabalhador








Trabalhadores desfilam no 1º de Maio, Maputo, 2009

sabedoria de ponta (7)

Greve na empresa de segurança privada Omega, Maputo, 2009
- Não gosto de pretos.
- Então gosta de quem? Dos brancos?
- Também não.
- Já sei. Gosta dos indianos.
- Não. Gosto dos homens que não têm raça.
in Mia Couto, Terra Sonâmbula.


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30 April 2009

os donos do lixo

Mercado informal no Zimpeto, Abril de 2009


"'Às vezes apanhámos no meio do lixo uma nota de 50 ou de 100 meticais e ficamos felizes por isso. Sobretudo lá nas zonas da Sommerchield, do Bairro Central e da Polana', narra um dos colaboradores, soltando uma enorme gargalhada. Pelas maiores posses dos seus habitantes, é nos contentores instalados na Sommerchield, no Bairro Central e na Polana que se encontra a maioria dos «donos do lixo». 'Lá o lixo é dos melhores', comenta, rindo. E as gargalhadas rasgam a noite, que já vai longa".

Armando Nenane (01.05.2009) "«Donos do lixo» enfrentam homens da recolha" in Semanário Savana.

Great Wall of China

Um casal jovem espreita a construção do Estádio Nacional de Moçambique, Abril de 2009


(em cima) "Equipa Técnica Chinesa para Construção do Estádio Nacional de Moçambique"
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(à esquerda) "Amizade entre a China e Moçambique irá prevalecer como o céu e a terra".
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(à direita) "Este projecto será feito com maior perfeição de modo a dar Glória à China".
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Ou então não...

23 April 2009

zimpeto

Maputo, 2009
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Silvestre sofreu um acidente de trabalho na construção do estádio nacional do Zimpeto por volta das 10h00 da manhã. Um bloco caiu sobre a sua perna enquanto trabalhava numa vala. Apesar das queixas, Silvestre permaneceu sem assistência até às 17h00, altura em que foi levado para o hospital central de Maputo, a cerca de 10 km de distância. De acordo com Silvestre, as muletas foram-lhe fornecidas pela empresa e, posteriormente, descontadas no salário. A vida Humana ou o sofrimento do Homem têm, de facto, um significado muito relativo.

20 April 2009

Lost in Translation (5)

Maputo, 2009

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29 March 2009

jauana jr

Maputo, 2009

(futebol)ismos (10)

Moçambique 0 - Nigéria 0

As 24 horas que antecederam o jogo de abertura do grupo de apuramento para o Mundial 2010 / CAN foram vividas, em Maputo, com euforia: buzinas, apitos, bandeiras, camisolas, mensagens de telemóvel, cerveja, gritos... "L'émotion est nègre comme la raison est hellène”, diria Senghor, construindo em torno destes dois conceitos uma diferença fundamental entre populações de dois continentes. A procura ou a negação de traços característicos e específicos de um povo constitui um processo não só identitário, mas também, utilitário. Once again: I am not I.

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23 March 2009

indian ocean

Maputo, 2009

21 March 2009

betão

Maputo, 2009

20 March 2009

mosquito net

Maputo, 2009

13 February 2009

This is not a love letter (7)

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Boaventura de Sousa Santos vem denominando de Epistemologias do Sul todo um conjunto de tendências de inclusão de novas experiências de conhecimento do Mundo. Designado de sociologia das ausências, este processo de recuperação de saberes parte da ideia que a racionalidade que subjaz a um pensamento ocidental não reconhece, ignora e desperdiça muita da experiência social disponível ou possível no Mundo. Para a captar seria necessária a reinvenção de uma racionalidade mais ampla, disponível para absorver uma emergente experiência social. Um conjunto de questões que se coloca prende-se com a própria definição de saberes e conceitos do Sul, da sua distinção relativamente a conceitos do Norte, do Este ou do Oeste, da visão do Mundo subjacente a esta perspectiva, da possibilidade de configuração de conceitos híbridos ou do tipo de relacionamento possível entre estes diferentes conhecimentos. Again: I am not I.
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16 November 2008

cabritos ou vampiros

Maputo, 2003

Se um banco privado num país africano apresentasse um buraco financeiro de 800 milhões de Euros, se houvessem graves suspeitas de fraude e ninguém estivesse em prisão preventiva, se os administradores tivessem exercido cargos influentes no Governo e se suspeitasse de inércia e passividade do banco central, depressa apareceriam as explicações do costume: que se trata de um Estado neo-patrimonial, que os bens “públicos” são naturalmente apropriados para fins “privados”, que o enriquecimento em África pressupõe o acesso ao poder político, que o cabrito come onde está amarrado…

Quando se analisa esta suposta especificidade africana parte-se (ou partia-se) normalmente do pressuposto que na Europa ou nos Estados Unidos a realidade é completamente diferente. Pois é... eles comem tudo...




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25 October 2008

jean loup sleff


18 October 2008

informação


12 October 2008

shopping

Braga, 2008

10 October 2008

This is not a love letter (6)

Santa Cruz, 2008
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Se a Constituição estipula que todos os cidadãos são iguais perante a lei, não percebo qual é a legitimidade dos cento e tal deputados da Assembleia da República para decidir se se deve proibir ou deixar de proibir que um grupo de cidadãos, cuja orientação sexual é para o caso irrelevante, possa ou não possa casar. Têm precisamente a mesma de um grupo de homossexuais que se reúna numa assembleia para decidir se os heterossexuais devem poder casar pelo civil: nenhuma.

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06 October 2008

Is this active citizenship? (7)

Lisboa, 2004
A Entidade Reguladora da Comunicação Social (cujo conselho regulador é nomeado pela Assembleia da República e portanto pelo partido no poder) não aceita que o professor Marcelo (que por acaso é militante do PSD) tenha mais uns minutos de antena que o António Vitorino (que por acaso é militante do PS). Mas ao que parece considerou natural que vários jornalistas e directores de órgãos de informação recebessem sucessivos telefonemas do gabinete do Primeiro-Ministro (inclusive do próprio), com pressões para não publicarem uma notícia sobre o estranho percurso universitário de José Sócrates, numa instituição de seriedade duvidosa.
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"Fiquei com uma boa relação com o seu accionista [Paulo Azevedo] e vamos ver se isso não se altera" não constitui para a ERC uma tentativa de intimidação e de pressão por parte do Primeiro-Ministro ao director do jornal Público. Para a ERC tratou-se antes de uma "intervenção", expressão "menos marcada do ponto de vista valorativo”.

A realidade é que José Sócrates, que na sua demagogia faz o apanágio do modelo finlandês, da inovação e da qualidade na educação, não só tirou uma licenciatura à macaca, como procura impedir
, de forma descarada e prepotente, o direito das pessoas à informação.
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05 October 2008

Is this active citizenship? (6)

Lisboa, 2008
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O Presidente da República disse finalmente aquilo que toda a gente já há muito sabia: que o que é vivido pelos cidadãos não pode ser iludido pelos agentes políticos; que quando a realidade se impõe como evidência não há forma de a contornar; que as famílias se vêem gregas para pagar os empréstimos aos bancos; que emergem chocantes disparidades de rendimentos.
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Esqueceu-se de referir que os cidadãos que mais dificuldades têm para pagar os empréstimos, constituem precisamente aqueles que ainda vão ter que pagar uma crise que se adivinha. Isto contrariamente aos que mais lucraram em comissões pela concessão de créditos irresponsáveis, demasiado próximos do bloco central para assumirem responsabilidades.
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Uma vez mais se comprova que a Democracia é um sistema pelo qual um povo é governado de acordo com aquilo que merece.

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30 March 2008

tristes trópicos (5)

Vilankulos, 2003
Diz que o estrangeiro tem grandes olhos mas não vê nada. Se podes olhar vê. E se consegues ver... repara.

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06 March 2008

(futebol)ismos (9)

Excerto de uma entrevista de António Lobo Antunes (ALA) à revista Visão (V) onde, às tantas, se evoca a dita 'Guerra do Ultramar', em Angola, onde lá teve que participar:

- (V): Ainda sonha com a guerra?
- (ALA): (...) Apesar de tudo, penso que guardávamos uma parte sã que nos permitia continuar a funcionar. Os que não conseguiam são aqueles que, agora, aparecem nas consultas. Ao mesmo tempo havia coisas extraordinárias. Quando o Benfica jogava, púnhamos os altifalantes virados para a mata e, assim, não havia ataques.
- (V): Parava a guerra?
- (ALA): Parava a guerra. Até o MPLA era do Benfica. Era uma sensação ainda mais estranha porque não faz sentido estarmos zangados com pessoas que são do mesmo clube que nós. O Benfica foi, de facto, o melhor protector da guerra. E nada disto acontecia com os jogos do Porto e do Sporting, coisa que aborrecia o capitão e alguns alferes mais bem nascidos. Eu até percebo que se dispare contra um sócio do Porto, mas agora contra um do Benfica?
- (V): Não vou pôr isso na entrevista...
- (ALA): Pode pôr. Pode pôr. Faz algum sentido dar um tiro num sócio do Benfica?

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05 March 2008

silêncio. fenómeno físico (3)

(Jyväskylä, 2002)

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08 February 2008

a carta

06 February 2008

chapas

Maputo, 2003

E o povo saiu à rua num dia assim...

03 February 2008

a luz

Muros, 2004
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"Poderemos facilmente perdoar uma criança que tem medo do escuro; a real tragédia da vida é quando os homens têm medo da luz".
(Platão)

28 January 2008

lost in translation (4)

Tallinn, 2002.

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12 January 2008

tristes trópicos (4)

Vilankulos, 2003.
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João sabe que há duas maneiras de partir. Uma é ir embora. A outra é enloquecer. O único destino de uma viagem é o desejo de partir novamente e não ter esse destino é juntar numa só outras variedades de dor. Talvez seja um assunto para vidas inteiras.

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10 January 2008

six feet under

Scotland, 2001.

08 January 2008

this is not a love letter (5)

Budapest, 2006.

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02 January 2008

(futebol)ismos (8)

Maputo, 2004


Nos Cadernos de Estudos Africanos (nº9/10) do ISCTE, o sociólogo Nuno Domingos, doutorando em Antropologia Social no SOAS publicou um interessante trabalho intitulado "O futebol Português em Moçambique como memória social". O artigo começa da seguinte forma:

"No final do mês de Março de 2006, no exterior do Mercado Central de Maputo, fui abordado por um jovem vendedor ambulante que se distinguia da multidão por envergar uma camisola garrida do Liverpool FC, clube de futebol inglês. Enquanto lhe garantia não ser um turista e não estar interessado nas várias peças de roupa, distribuídas por diversos cabides, que procurava vender, ele insistia para que eu olhasse para a sua mercadoria adiantando que sempre era melhor vender do que andar a roubar (...) Parei, apontei para a sua camisola e disse que tinha vindo a Moçambique para ver jogos de futebol, aproveitando para lhe lembrar que o Liverpool acabara de ser eliminado, nos oitavos de final da Liga dos Campeões Europeus, pelo Benfica. O jovem vendedor olhou-me com um sorriso e apresentou-se como Marcos Isaías, normalmente conhecido por Isaías, nome dado pelo pai em homenagem ao antigo jogador de futebol brasileiro que jogou pelo Benfica (…) Marcos Isaías, que tinha 13 anos, colocou as devidas notas de rodapé para suportar o seu discurso. Arsenal-Benfica, segunda mão da eliminatória de acesso à Liga dos Campeões, 1991. Vitória histórica do Benfica por 3-1 em Londres, com dois golos de Isaías. O pai de Marcos Isaías jamais se esquecera daquela noite em que o «pontapé-canhão» do clube de Lisboa fora saudado de pé pelo público que enchia o estádio de Highbury. Marcos Isaías nasceu dois anos depois. A camisola vermelha do Liverpool, oferecida por um turista inglês, substituía, à falta da original, o equipamento do clube português”.

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23 December 2007

silêncio. fenómeno físico (2)

Jyväskylä, 2002.

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13 December 2007

tristes trópicos (3)

Vilankulos, 2007

Sopa quer saber notícias do mundo e pouco importa que sejam verdade. Quando viajar gostava de ir ao Maputo.

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12 December 2007

tristes trópicos (2)

Vilankulos, 2003

Hogigo não sai de casa quando à noite a lua dá sentido à escuridão. Receia que dentro da noite haja uma outra. De dia sonha com o acontecer do mundo mas sabe que o mundo não acontece. O mundo demora tanto que ainda não veio. Hogigo faz então o melhor que sabe. Talvez acordar seja um lento envelhecimento, um enfado que se soma ao cansaço da humanidade.

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11 December 2007

cimeira UE-UA

Vilankulos, 2002.

No rescaldo da cimeira Europa-África, o Bagaço Amarelo publicou este texto:

"Marido e mulher vivem juntos mas já não se conseguem aturar um ao outro. Dormem em quartos separados, cozinham cada um para si a horas diferentes e compraram uma televisão nova porque gostam de programas também diferentes. Só falam um com o outro para discutir quem é que deve pagar as contas da água, do gás e da electricidade. Às vezes também embirram porque precisam de ir à casa de banho ao mesmo tempo e, ou ela gasta horas a pintar o cabelo e a fazer a depilação, ou ele se põe a ler o jornal enquanto defeca. No entanto, quando saem para encontros sociais, vão juntos e fingem que está tudo bem na relação. No fundo, discutem muito mas continua sempre tudo na mesma.

Na cimeira União Europeia/África, que terminou hoje em Lisboa, tentaram sorrir um para o outro mas não conseguiram. Acabaram por discutir um bocadinho mas sempre com a voz baixa, não fosse alguém perceber que a relação está em crise. Amanhã vai continuar tudo na mesma: no Zimbabué, no Sudão e em Cabinda, por exemplo. Entretanto, a Europa vai fazendo a depilação no corredor enquanto África lê o jornal e caga".

07 December 2007

(futebol)ismos (7)

Estádio Municipal de Braga, 2004, jogo Holanda-Estónia.


No início do campeonato do Mundo de futebol de 2006, incomodado com o predomínio de jogadores de descendência africana na selecção francesa, o humorista Jean-Marie Le Pen disparatou que os franceses não se reviam na selecção de futebol do seu país. Nunca cheguei a perceber bem quem eram os "franceses". Semanas mais tarde, depois de todas as equipas do continente africano terem sido eliminadas, a selecção francesa derrotou a congénere brasileira nos quartos de final da competição, transformando-se no adversário seguinte da equipa portuguesa. Minutos depois do França-Brasil recebi uma mensagem no telemóvel de um amigo moçambicano: "Viva a França! A selecção mais africana do Mundial". Também não percebi bem quem eram os africanos, mas reparei com humor como, por vezes, um africano e um líder da extrema-direita francesa conseguem estar tão de acordo.

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06 December 2007

(futebol)ismos (6)

Aveiro, 2006, visionamento na TV do jogo Portugal-Angola.


No dia 25 de Junho de 1975, no estádio da Machava, foi oficialmente proclamada a independência de Moçambique. O povo saiu à rua e a cidade de Maputo fervilhou, festejando a libertação em relação ao colonialismo português.

No dia 25 de Junho de 2006, a selecção portuguesa de futebol derrotou a congénere holandesa por 1-0, nos oitavos de final do campeonato do Mundo.

No dia 25 de Junho de 1975 ninguém imaginou que, no trigésimo primeiro aniversário da independência de Moçambique, nas ruas de Maputo se iriam formar, espontaneamente, caravanas de automóveis, com bandeiras e cachecóis da selecção portuguesa de futebol, gritando-se o nome da antiga potência colonial. Enfim...

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05 December 2007

silêncio. fenómeno físico

Jyväskylä, 2002

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03 December 2007

o pintor bonito (2)



Clown talvez tivesse sido um homem seguro, que explodia ditirambos, mas Clown não queria existir aqui.
Por esta altura era seu desejo escrever com as estrelas a latejar na cabeça uma família com deus e tudo.
Clown talvez fosse uma figura do velho testamento.
Clown rejeitava maçãs na juventude, mas na infância era do que se alimentava...
Talvez Clown fosse o melhor amigo de Heiner Muller.
Clown foi um ditirambo quando uma criança apareceu com a carinha pintada de cores celeste,
(clown!) (clown!) (clown!)

Trunk
Pong
Don't
Poing

O inglês era surdo,

Again
Trunk
Paul

Eu e tu, na noite estrelar, nos olhos, Clown.
Houve uma noite que, dear Clown se revelou, era o pai....

Gostava que Clown fosse sinónimo de lágrima na secretária que eu via de madeira feita de chocolate.
As pombas das boulevards comiam chocolate azul eléctrico com sais de prata para os olhinhos…
Não era terrorismo a criança alimentar-se no crepúsculo das quatro e um quarto da manhã.
Heiner Clown costumava ver Bowie Clown e Peter Clown e Nich Clown
O Céu chorava…
O Céu chorava…
E as pombas fotografavam o primeiro espaço de jeito de ocidente a oriente. E viva a trigonometria! Do nariz de Clown.
Olhos de velhinho – era então menino.
Os homem também são meninos e, os meninos, até os que não tiveram espaço para sê-lo.
Mas Freud Clown vestia-lhes as fardas dos sorrisos nos lábios.
As mulheres pintavam-se pouco, houve tempo para tudo, assim como:
depois disto tudo, o som saiu e entrou estrelas acima, e veio o clarão.

Não pensem que sou Clown
Mas, tenho sentimento Clown


Clown Clown

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30 November 2007

tristes trópicos

Vilankulos, 2003

Sufixo diz que tem o nome da derivação, que fez a escola com o Samora. Nesse tempo o Mundo tinha de certeza outra idade. Sufixo faz parte da espécie dos Homens que andam no mar.

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29 November 2007

(futebol)ismos (5)

Estádio Municipal de Braga, 2004, jogo Holanda-Estónia.

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Em 1995 a República da África do Sul organizou e venceu um campeonato do mundo de rugby. Foi talvez a primeira vez que, num país que ainda curava as feridas do apartheid, se festejou em conjunto, de forma multicultural, uma vitória nacional. No estádio de Cape Town, durante o discurso de abertura da competição, Nelson Mandela procurou promover a integração nacional através do desporto. O então presidente deu as boas-vindas a todos em nome de uma “nação arco-íris” que, para ele, seria a nova África do Sul. Por detrás da organização tanto do campeonato do mundo de rugby de 1995, como do de futebol em 2010 reside um interesse político de impulsionar a unificação das inúmeras populações de descendência inglesa, africânder, asiática, xhosa, zulo entre outras. É sempre interessante compreender as contradições que envolvem o desporto, o racismo, a etnicidade e o nacionalismo.

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28 November 2007

sabedoria de ponta (6)

Maputo, 2003

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precisamente: à parte disso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.

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25 November 2007

this is not a love letter (4)


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