12 November 2007

mas quando a tarde cai vai-se a revolta

Guimarães, 2007


Quando falamos em juventude, falamos de jovens rurais ou urbanos? De jovens operários ou das classes médias? Estudantes ou trabalhadores? Solteiros ou casados? De esquerda ou de direita? O conceito de juventude costuma ser utilizado como um todo mais ou menos homogéneo que, atravessando uma determinada fase da vida, associada a uma certa instabilidade emocional, por vezes conotada com determinados problemas sociais, aparece como criadora de uma cultura própria. O facto de se falar dos jovens como se de uma classe social se tratasse, de um grupo dotado de interesses comuns constitui uma evidente manipulação. Não só as representações correntes do senso comum sobre a juventude como também os discursos políticos e as intervenções administrativas, como sobretudo a influência dos media contribuem para esta manipulação. Alguns jovens reconhecem-se neste mito, transformando-o parcialmente em realidade, formando-se entre eles uma espécie de consciência geracional que os leva a acentuar diferenças entre gerações.

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