cabritos ou vampiros
Maputo, 2003
Se um banco privado num país africano apresentasse um buraco financeiro de 800 milhões de Euros, se houvessem graves suspeitas de fraude e ninguém estivesse em prisão preventiva, se os administradores tivessem exercido cargos influentes no Governo e se suspeitasse de inércia e passividade do banco central, depressa apareceriam as explicações do costume: que se trata de um Estado neo-patrimonial, que os bens “públicos” são naturalmente apropriados para fins “privados”, que o enriquecimento em África pressupõe o acesso ao poder político, que o cabrito come onde está amarrado…
Quando se analisa esta suposta especificidade africana parte-se (ou partia-se) normalmente do pressuposto que na Europa ou nos Estados Unidos a realidade é completamente diferente. Pois é... eles comem tudo...
Quando se analisa esta suposta especificidade africana parte-se (ou partia-se) normalmente do pressuposto que na Europa ou nos Estados Unidos a realidade é completamente diferente. Pois é... eles comem tudo...
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2 Comments:
Olá.
Sempre actual esta voz, que fala de outras "guerras" mas que são abafadas pelas constantes agressões dos mais fortes...o meu pensamentos nestes dias está na Palestina e nesse POVO que vive sob constantes voos dos vampiros que têm a força dos fortes e o olhar conivente das democracias e o "apoio" feroz os radicais... mas quem não é radical a defender a sua família, a sua casa, a escola do seu filho...
Eu pensei simplesmente passar por aqui para deixar os votos de BOM ANO, mas o Zeca Afonso continua a ser um despertar, está visto que o mundo continua no seu egoísmo a ver o que ganha com a atitude do momento.
Que a amizade prevaleça.
Um abraço.
Luís Rui
Imagem forte, texto feroz. Parabéns
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