16 November 2008

cabritos ou vampiros

Maputo, 2003

Se um banco privado num país africano apresentasse um buraco financeiro de 800 milhões de Euros, se houvessem graves suspeitas de fraude e ninguém estivesse em prisão preventiva, se os administradores tivessem exercido cargos influentes no Governo e se suspeitasse de inércia e passividade do banco central, depressa apareceriam as explicações do costume: que se trata de um Estado neo-patrimonial, que os bens “públicos” são naturalmente apropriados para fins “privados”, que o enriquecimento em África pressupõe o acesso ao poder político, que o cabrito come onde está amarrado…

Quando se analisa esta suposta especificidade africana parte-se (ou partia-se) normalmente do pressuposto que na Europa ou nos Estados Unidos a realidade é completamente diferente. Pois é... eles comem tudo...




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