30 March 2007

I am not I (6)

London, 2006

Nunca os seres Humanos tiveram tantos conhecimentos em comum, tantas referências comuns, tantos símbolos comuns e, ao mesmo tempo, talvez nunca tenham vincado com tanta força a sua diferença. A mundialização acelerada provoca, como reacção, um reforço da necessidade de identidade. I am not I…

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mensagem a todos os que pagaram 60 cênt+IVA para votar no salazar:

vocês são uma vergonha!

26 March 2007

is this active citizenship? (3)

Braga, 2006
Se lhes fosse perguntado se comprariam um carro a um político, provavelmente 99% dos portugueses responderia que “Não!”. Os restantes mobilizaram-se para votar no Nojeira Salazar para melhor português. Ironia do destino, tratou-se da única votação livre que o ditador venceu. Ou terá sido a ignorância?

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23 March 2007

climate march

Trafalgar Square, 2006

Há cerca de cinco mil anos o Homem apareceu sabe-se lá de onde, diz que com cérebro e tudo. Depois começou a dar cabo do planeta.

22 March 2007

big man mugabe

Alexander Joe / AFP

Na foto, um jogo de cartas sul-africano numa sátira ao regime repressivo de Mugabe. De acordo com o jornal Público de hoje, o bispo sul-africano Desmond Tutu, prémio Nobel da Paz, revoltou-se por não ver um líder africano a “ter uma palavra de preocupação, já para não falar de condenação” (note-se no entanto que, de acordo com a notícia, África começa a romper o silêncio e a criticar o regime de Harare). Tutu questionou: “Preocupamo-nos realmente com os direitos Humanos, preocupamos realmente com as pessoas de carne e sangue, irmãos africanos, que estão a ser tratados como lixo quase pior do que foram tratados por racistas fanáticos? O que mais tem de acontecer para que nós, que somos líderes, religiosos e políticos, da nossa mãe África, finalmente gritemos: ‘Já chega!’?”

Já agora, porque motivo na Europa não se utilizam expressões como “irmãos europeus” ou “mãe Europa”?

I am not I (5)

Cahkt–Metepbyptcknñ (Saint-Petersburg), 2002

Uma identidade constitui uma página em branco, onde cada qual vai desenhando o seu próprio percurso. É isso que a torna dinâmica, complexa, única e inconfundível. A minha identidade é o que faz com que eu não seja idêntico a outra pessoa.

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21 March 2007

bom jour printemps

Malheira, 2004

E uma Rosa nasceu com a Primavera...

lost in translation

Bruxelles, 2004
Ontem à noite recebi o primeiro telefonema de protesto: “francamente, nem um mamilo!”.

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19 March 2007

let's fill the world with artists

London, 2006

17 March 2007

I am not I (4)


Arendt explicou que foi quando se sentiu atacada como judia que percebeu que se tinha que defender como judia e não como cidadã alemã ou qualquer outra coisa. Todas as grandes atrocidades que se operaram nos últimos anos resultaram de atávicas e contenciosas concepções de identidade. “Nós” fomos sistematicamente os inocentes e, “eles”, eternamente os culpados.

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16 March 2007

I am not I (3)

London, 2007

Um muçulmano é distinto de um cristão como, ele próprio, é distinto de todos os outros muçulmanos. Por comodidade atribuímos às pessoas do mesmo grupo os mesmos comportamentos e características. Quanto mais numerosas forem as minhas pertenças, mais específica e única é a minha identidade.

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15 March 2007

is this active citizenship? (2)

Lisboa, 2007
"Strike for indolence and for spiritual beauty".

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14 March 2007

is this active citizenship?

Lisboa, 2007
"I understand! I also like money!"

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12 March 2007

fahrenheit 451

London, 2007


What kind of relation there is between “after 9/11” and “call 911”?



London, 2007


Entretanto, por onde George Bush passa, multiplicam-se os protestos...

11 March 2007

I am not I (2)


A negritude constitui um conceito de origem francófona, desenvolvido por indivíduos de descendência africana, nascidos nas ex-colónias francesas. Esses intelectuais criaram um movimento cujo objectivo se orientava para a união de todos os “negros”, de forma a combater a discriminação a que eram submetidos e a revalorizar o seu papel político e sócio-cultural.


A negritude traduzia um conjunto de traços que se defendia serem característicos do “negro”, como a solidariedade, a capacidade de emoção ou a importância conferida ao simbólico e ao sagrado. Defensora da ideia que a cor da pele deflagra uma identidade comum, esta ideologia foi criticada pelo facto de veicular um essencialismo africano, imaginado por uma elite intelectual, alheia à heterogeneidade das populações do continente. A negritude constitui, por isso, não só uma reacção como uma extensão das ideologias racistas coloniais.

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09 March 2007

identidades pós-coloniais

"Muito Bom, nota máxima", disse o Júri. E se não houver nada que se possa ensinar que valha a pena ser aprendido?

Na foto, talvez alguém que não tenha recuperado de uma "infância demasiado feliz".

08 March 2007

I am not I


A grande maioria das pessoas identifica-se com uma tradição religiosa, com uma nação, com um grupo étnico ou linguístico, com uma província, com um bairro, com um grupo político, com um grupo desportivo, com um grupo de amigos… Mas esses elementos podem estar presentes, muitas vezes de forma contraditória, diferentemente combinados em cada uma das pessoas. É aí que reside a riqueza de cada um, de cada identidade.

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06 March 2007

vou pra casa mas não é pra já

Nunca senti realmente que sou de um «sítio». Sempre me orgulhei da minha falta de sotaque, pensando que a minha pronúncia era idêntica à que ouvia no telejornal. Depois convenci-me que a minha pronúncia era simplesmente de lado nenhum, a pronúncia de uma pessoa que não pensava fixar residência. Lá teve que ser. Ou não.